11 outubro 2010

Crítica sobre The Runaways

Ok, o que eu posso dizer?
1° Eu ainda não assisti,não posso discordar nem concordar.
2° Falam de Dakota como "criança prodígio-irritante".
3° Eu não gostei disso...



The Runaways foi uma banda formada nos anos 1970 com o intuito de ter uma formação composta somente por mulheres, entre elas Joan Jett – famosa pelo hit “I Love Rock n Roll”. Este ano com produção da própria Joan somos presenteados com uma – quase – cinebiografia.

Quando ressalto o quase é porque na verdade o filme apenas enfoca na formação de Joan Jett e Cherry Currie, e em menor escala na do produtor Kim Fowley – o melhor e mais controverso personagem da trama -- à procura de uma nova sensação no mundo do Rock. Todo esse enfoque é claro, pois nunca sabemos como a guitarrista Lita e a baixista Jackie Fox entraram para banda (detalhe que a baixista não tem falas no filme). Por tanto a película tem um ar mais romantizado na relação de Joan e Cherry – que antes mesmo de formarem a banda já se conheciam por trocas de olhares em boates.

Cherry é de longe a pior caracterização, de criança prodígio-irritante em filmes de Steven Spielberg, Dakota Fanning não consegue em um só segundo dar o ar sexy e a força que sua personagem exige, apenas vemos que todos sentem uma atração inexorável pela menina de 15 anos. Sua personagem é tão pouco desenvolvida que nem é citado que sua irmã Mary é sua gêmea – o que levantaria pontos interessantes sobre a relação tão intensa das duas. Com a faceta de plagiadora de Bowie e uma cena de vergonha alheia num concurso da escola, a personagem não consegue nem ao menos chegar a um tom caricato. E sua força dramática chega ao zero absoluto quando ela tem desmaios (devido às drogas e álcool) e quando larga a banda por querer ficar com a família.


Por outro lado, e talvez nada esteja perdido nessa vida, a Joan Jett encarnada por Kristen Stewart está contida e o.k., como a dyke-bad-boy que compõe para a banda e que por ventura é a que mais caracteriza a atitude rock n roll do começo ao fim das Runaways. A vontade sem fim de alcançar o estrelado como ícone punk e a força de suas letras, ela é a imagem que a banda quer transmitir. Todavia, não seria possível Joan Jett estar tão bem retratada se o produtor Kim Fowley não estivesse ao seu lado dando gritos, falando de revoltas, testosterona, paus, etc. Michael Shannon rouba as melhores cenas para si como quando diz “Não quero mais ver falsos roqueiros usando batom e beijando o pau um do outro” para na próxima cena, e na anterior, ele estar trajado como um verdadeiro fã de Bowie da época.

E se como cinebiografia The Runaways – com o péssimo subtítulo de Garotas do Rock (eu teria colocado As Fugitivas para ficar mais cretino) – não funciona, ele tem como grande mérito três pontos: a reconstituição de uma época e sua juventude, uma fotografia exuberante (concebida por Benoit Debie, que fez Irreversível) e uma montagem – principalmente nas cenas de shows – competente. Irônico citar as cenas dos shows, porque tudo que estava errado na caracterização de Cherry torna-se grandioso pela escolha de cortes e closes nos momentos de performances da banda (e alguns devaneios, como o primeiro beijo entre ela e Joan, com um corte magnífico de uma pista de patinação para um fundo todo vermelho).

Se a sua procura é por um filme que fará com que a nova geração de moderninhos vejam como era feito o rock antigamente, passe longe desse exemplar, ele é apenas aconselhável como mero entretenimento sobre romantismo e costumes dos jovens na época, onde tudo era excitante e liberado (ok, e se você tem tara nas duas atrizes principais se pegando, mas já aviso que é bem rápido).



Fonte '-'

É né, só lembrando, se forem reclamar... lembrem que não fomos nós, e não joguem spoilers. Se forem "pegar" para seu blog/site e blá blá blá deixem a via.

P.s.: Eu adoro essa cereja  @.@

Loly  '-'


Nenhum comentário:

Postar um comentário